quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O USO DO COLETE BALÍSTICO É IMPRESCINDÍVEL PARA O PROFISSIONAL DE SEGURANÇA


Profissionais de Segurança Pública, a fatalidade e a tragédia não escolhe dia, hora, local e cores de uniformes para se manifestar, ontem por volta das 20h um Major da Polícia Militar do Estado de São Paulo, foi brutalmente assassinado diante da população, companheiros de farda e da imprensa, quando atendia ocorrência com refém tomado, na cidade de São Paulo.
Na pressa em ajudar a solucionar o caso, o Policial Militar, desde 1985 na Corporação, acabou por se deslocar para o local da ocorrência sem a proteção balística oferecida pelo Colete a Prova de Balas, visto suas funções administrativas durante o expediente não exigirem esse equipamento, a tragédia manifestou-se em três disparos muito rápidos e certeiros em dois Policiais Militares, o Major que morreu em consequência aos disparos e um Soldado PM que está internado.
Chama a atenção e penso ser oportuno a leitura ou releitura de um "manualzinho" que editei a algum tempo sobre o uso de Coletes Balísticos por parte dos GCM, mas é evidente que serve a todos os operadores de Segurança Pública, quem mata GCM, mata PM, mata PC, PF, PRF, BM e etc, a questão é só de oportunidade e conveniência para o agressor da sociedade, um segundo e tudo está perdido.
Sem querer incorrer em procedimentos, doutrinas e filosofia de trabalho, sem querer ser inoportuno nesse momento triste para a Família Policial Brasileira, o "Método Giraldi" preconiza o uso de proteção balística para qualquer atendimento de ocorrência, qualquer ocorrência, desde desinteligência de casal até desarme de artefatos explosivos, amigos, irmãos, caros Policiais, nunca entrem em uma ocorrência por mais simples que seja, sem estarem com a proteção balística ajustada ao corpo, a arma municiada e carregada e reflexos positivos condicionados, eles (agressores da sociedade) não tem qualquer compromisso com as regras a que estamos sujeitos, atiram em tudo que se move e representa "perigo para a liberdade deles", um irmão da Policia Rodoviária Estadual foi "executado" sem qualquer possibilidade de se defender quando foi verificar um "carro quebrado" na Rodovia Carvalho Pinto, na intenção de ajudar acabou sendo baleado no peito, o colete estava no banco da viatura, outro Policial Rodoviário Estadual, foi alvejado por um menor quando solicitou os documentos de uma moto na Rodovia dos Tamoios, o Sargento Atanázio (46 BPM/I), perguntou a um rapaz "se ele era Polícia", devido ter observado a arma na cintura do abordado, recebeu um disparo certeiro no peito, mais uma vítima, um colega GCM em São Caetano foi abordar um ladrão de carro e acabou vitimado pois estava em inferioridade numérica, tática e operacional em relação aos marginais.


Elvis Jesus
Inspetor Regional de GCM
São José dos Campos SP


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