quinta-feira, 14 de junho de 2012

GUARDA MUNICIPAL TREINA CÃES PARA AJUDAR NA INVESTIGAÇÃO DE CRIMES


Já treinado para a localização de entorpecentes e explosivos, Bolt, um labrador preto de 3 anos, está sendo preparado agora para um trabalho diferenciado: a localização de cadáveres. Ele é um dos 12 cães do Canil da Guarda Civil Municipal, em Praia Grande.

O objetivo do trabalho, de acordo com o inspetor do Canil e treinador de Bolt, Wagner Geraldo da Silva, é ajudar na investigação de crimes ou até mesmo em situações de desastres naturais com vítimas desaparecidas. 

O treinamento é baseado na motivação do animal. O principal instrumento de trabalho é uma simples bolinha de tênis. “Estabelecemos também o que chamamos de cheiro-guia, que nesse caso é um pedaço de algodão embebido em sangue humano”.

Bolt é um cão agitado, esperto. Enquanto o inspetor explica como funciona o trabalho, ele está atento a tudo, mas não sabe onde Geraldo escondeu outro recipiente com sangue.


Créditos: Reprodução
Bolt, um labrador preto de 3 anos, está sendo preparado para a localização de cadáveres

12 odores diferentes

O primeiro comando é para que o cão sinta o cheiro-guia. Em seguida, Geraldo solta o cachorro e dá a ordem para que procure. Rapidamente, Bolt fareja o local e encontra o recipiente, indicando a localização com uma forte arranhada na terra. “Nessa hora, temos que agir rápido e jogar a bolinha pra ele. Assim ele entende que fez seu trabalho de forma eficiente e recebeu seu prêmio. Na verdade, o que ele procura é a bolinha.

Geraldo está há sete anos no comando do Canil da Guarda e explica que os cuidados com os cães de faro são rigorosos. “Na limpeza do canil de Bolt não usamos nenhum produto além de água. O banho também tem que ser apenas com xampu neutro. Na alimentação, só ração”.

Tudo isso é para manter o faro apurado, já que Bolt consegue identificar 12 odores diferentes e tem uma capacidade olfativa de cerca de 15 metros de profundidade.

Além de Bolt, o Canil conta com mais um cão de faro para entorpecentes e explosivos. Outros nove, entre rotweillers e pastor, são para policiamento e revista”. Há ainda um border collie que é usado em visitas a pacientes de hospitais. O mais novo mascote do Canil é Átila, um rotwailler de apenas três meses, que em breve também será treinado para policiamento.


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