terça-feira, 10 de setembro de 2013

INSPETOR PUXA-SACO DA GUARDA MUNICIPAL É PRESO PELA PM

Para que o prefeito não fosse incomodado, um Inspetor da Guarda Municipal de Americana-SP tentou impedir manifestações no 7 de setembro e por isso recebeu voz de prisão de um Tenente-coronel da PMSP. Quem diria, PM defendendo manifestantes, mas é isso que dá ser puxa-saco.



Policiais Militares e patrulheiros da Guarda Armada Municipal de Americana (Gama) tiveram um desentendimento na manhã deste sábado (7), em Americana (SP), durante um protesto após o desfile da Independência no Centro da cidade. Segundo a Polícia Civil, alguns integrantes do Movimento Pula Catraca e de outras representações tentaram realizar um ato após o desfile das autoridades, mas foram impedidos por um cordão de isolamento feito por patrulheiros da Gama. No entanto, policiais militares não concordaram com a decisão dos guardas e iniciaram uma discussão. O desentendimento começou após um tenente-coronel da Polícia Militar dar voz de prisão para um inspetor da corporação municipal.
Antes da confusão, o inspetor da Gama também havia ordenado a prisão do líder do Movimento Pula Catraca, além de dois integrantes da Pastoral da Juventude. Depois do desentendimento, os três detidos, o tenente-coronel da PM e o inspetor da guarda foram encaminhados para a Delegacia Seccional da cidade para prestar esclarecimentos.
O tenente-coronel da Polícia Militar Sérgio Kanno afirmou que tomou a atitude de dar voz de prisão ao inspetor da Guarda Municipal porque ocorreu o descumprimento de um acordo feito antes do desfile. "Nós havíamos feito um acordo que nenhum manifestante seria impedido de entrar no desfile desde que o ato fosse pacífico. Esse cordão de isolamento não tinha que existir, muito menos a prisão de uma pessoa. Por isso eu dei voz de prisão ao inspetor, porque achei a decisão arbitrária e a missão de estabelecer a ordem é da Polícia Militar", disse.
A Guarda Municipal afirmou, em nota oficial, que os manifestantes não estavam devidamente credenciados e que por isso fez o cordao de isolamento. Além disso, a assessoria da Gama disse que estava aguardando a autorização da Secretaria de Cultura para liberar a passagem, mas a Polícia Militar interviu antes da decisão da Prefeitura. A nota ainda afirma que "qualquer relato de violência por parte dos guardas municipais deve ser registrado em Boletim de Ocorrência na Polícia Civil. O documento é em seguida encaminhado à Guarda Municipal para apuração da conduta de seus patrulheiros por meio de sindicância instaurada na Corregedoria da corporação".
Fonte: G1

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